Pokémon Go é tecnologia de biopolítica. Algo que fala em uma voz aos milhões atomizados e à sua maneira ajuda a orientar suas vidas. Por enquanto, evidentemente, suas injunções são brandas... |
Por Sam Kriss
(Jacobin, via blog da Boitempo)De acordo com um certo filão rabugento da crítica de esquerda, a cultura está nos infantilizando. Afinal, suas formas dominantes (as que não apenas se mostram mais rentáveis mas que também vêm codificando o próprio terreno cultural), são vídeo games – que são para crianças – e filmes de super-heróis – que também são para crianças!
E não é apenas uma questão de gênero: essas formas exigem um determinado tipo de engajamento, pois pressupõem um determinado tipo de sujeito – o de uma criança eufórica e cobiçante. Não basta só pagar o preço de admissão, mas dar aporte à cultura-mercadoria de forma acrítica, identificar com seus personagens, comprar os brinquedos, nutrir uma obsessão que beira o patológico. Agir, em outras palavras, com a euforia voraz de uma criança fastidiosa.
Qualquer outra forma de engajamento é tacitamente proibida. Veja a fúria dos fãs quando alguém tenta abordar a cultura de massa com qualquer tipo de olhar mais crítico. “Por que está levando isso tão a sério?”, “Pra que tanta pretensão?”, “É só um filme/jogo, não quer dizer nada…” Mas ao mesmo tempo algo que diz: “Pô, qual é? Você está cortando meu barato.” (leia aqui a versão integral do artigo).
Leia também: * Pokémon altera a rotina de São Paulo (Estado de Minas) Por que os trintões ficaram malucos com o Pokémon Go? (El País) * Pokémon e o sequestro do desejo (Outras Palavras) * Pokémon, os espiões agora em sua casa (Outras Palavras)
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