domingo, 16 de outubro de 2016

Favorecidos por Temer, empresários saqueiam o país em R$ 224 bilhões e mandam a conta para a sociedade.

A notícia mais surpreendente de todas as que dizem respeito, direta ou indiretamente, à política recessiva que os golpistas estão tentando colocar em prática com a PEC 241, foi publicada na Folha de hoje: Bolsa-empresário resiste a ajuste no governo Temer e deve custar R$ 224 bilhões. Segundo o jornal, trata-se de um conjunto de subsídios financeiros e desonerações tributárias que em 2017 vai custar à sociedade brasileira alguma coisa em torno de 3,4% do PIB, um volume de recursos que pressiona para cima o déficit público que está servindo de justificativa para o corte de verbas destinadas à Saúde e à Educação.

O esquema não é novo. Aqui mesmo no blog, em maio deste ano, o assunto mereceu uma pequena análise sobre as razões do déficit fiscal que Dilma Rousseff enfrentava (leia aqui). Na época, ainda imaginando que poderia reduzir o tamanho do rombo com a redução dos privilégios fiscais dos empresários, a presidente eleita chegou a extinguir a aberração da bolsa-empresário, mas tudo indica que a iniciativa de Dilma alimentou ainda mais a conspiração para afastá-la da presidência da República.

Com o sabujo Michel Temer no poder, todos os mecanismos para favorecer a acumulação capitalista parasitária que vigora no Brasil vêm sendo intensificados e aprimorados e essa é, sem dúvida, a razão principal da PEC 241. Aliás, o próprio chefe da patota que nos governa já disse, alto e bom som: fará o que for preciso para proteger os empresários (ainda que isso nos custe o futuro).

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