Milícia fascista da Igreja Universal do Reino de Deus em exercício: chegada de tropas ao Rio na onda da campanha que elegeu Crivella faz lembrar as SA nazistas comandadas por Ernst Röhm. |
O jornal O Dia publicou em março deste ano uma interessante matéria sobre os Gladiadores do Altar, o nome com o qual a Igreja Universal do Reino de Deus, seita do novo prefeito do Rio, batizou sua milícia, mantida em prontidão para fazer valer, pela força se preciso, os princípios "cristãos" do "bispo" Macedo. A reportagem prenunciava já no início do ano aquilo que agora vem se manifestando por todo o país: grupos paramilitares de facínoras que, a pretexto de uma purificação da política brasileira - como quer o MBL, por exemplo - estão dispostos a atuar pela força nos espaços de convivência democrática, das ruas ao parlamento, das escolas às igrejas
Vale a pena ler o texto de autoria do repórter Gabriel Saboia (aqui). Aquilo que nem mesmo a ditadura conseguiu - entusiasmar a juventude para a construção de um Estado totalitário - parece agora receber o aval das elites civis, ditas liberais, que nunca esconderam seu verdadeiro projeto político: a gestão da sociedade sem intermediários de nenhuma espécie, nem mesmo os militares. O colapso das garantias constitucionais que estamos assistindo com a sucessão de arbitrariedades contra a sociedade não é mais do que a concretização disso.
Leia ainda: * Não subestimem Crivella; quem fez isso com Edir Macedo se deu mal, diz Garotinho (Terra) * Estratégia evangélica é ocupar o Executivo para chegar ao Judiciário (Folha) * Vitoria de Crivella no Rio, a ponta de lança do projeto político da igreja universal (El País) * A esquerda abriu espaço e legitimou os evangélicos (El País).
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