Desordem financeira beneficiou os empresários através dos privilégios fiscais, mas sua correção vai ser socializada pelo governo ilegítimo e ilegal de Temer |
Na verdade, a principal causa do déficit fiscal foi a política equivocada de desonerações fiscais posta em prática por Guido Mantega como fórmula para estimular os investimentos que blindassem a crise na qual o país mergulhou no final da gestão Lula. Em setembro de 2015, a Folha informava que a perspectiva dos privilégios fiscais dados aos empresários no período Dilma chegaria a R$ 458 bilhões, mais de duas vezes o déficit alardeado agora pela facção de economistas de Temer. Em dezembro daquele ano, a soma das desonerações já atingia R$ 116 bilhões, como noticiou o Estadão.
Portanto, qualquer medida de ajuste fiscal que vá na direção do aumento da carga tributária ou do enxugamento de gastos sociais do Estado e ampliação das privatizações significa manter intocados os principais beneficiários das desonerações, isto é, os principais articuladores do golpe contra Dilma.
Leia mais: * Benesses fiscais dobram no governo Dilma e passam de R$ 400 bilhões (Estadão) * Impostos: quem paga o pato não é a Fiesp (Outras Palavras) * Governo acaba com 'Bolsa Empresário' e fica com dívida de R$ 214 bilhões (Folha) * Dilma afirma que ajuste fiscal tentado em 2015 foi um erro (Valor)* Equipe de Temer revisa rombo nas contas públicas (El País) * Saiba o que é meta fiscal e como ele afeta sua vida (El País).
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