Multidão vaia Temer em show de Carlinhos Brown
(golpistas já começam a se esconder da ira popular)
Num país onde as instituições estivessem em poder da sua plena responsabilidade - inclusive as que zelam pela Justiça - minha impressão é a de que alguns espaços de Brasília estariam hoje totalmente vazios. O mesmo talvez acontecesse na pirâmide da burguesia erguida na Avenida Paulista. Mas é utopia. Na prática, o desgoverno Temer continua na sua obstinação estúpida de desmontar o país, colocar por terra as conquistas sociais, arbitrar contra o interesse público; em resumo: consolidar a concentração da riqueza, erigir o interesse privado como núcleo do poder político e alimentar um profundo desprezo pela sociedade.
Vamos ver de perto esse episódio que envolve a presidência da EBC. O modelo que foi levado em conta na montagem da estatal de comunicação (e não governamental) foi o britânico: um conselho curador com representantes da sociedade e um presidente com mandato estipulado em lei. Em outras palavras: um órgão estratégico que visava reduzir o papel hegemônico que as empresas privadas de comunicação tem na formação - e manipulação - da opinião pública. Da mesma forma que ocorreu com o Conselho de Jornalismo (cuja finalidade era exatamente a mesma), também a EBC foi demonizada pelas elites, que só sossegam agora com a intervenção ilegal de Temer provocada pela demissão de seu presidente ainda no mandato pleno que lhe conferiu Dilma. Para demitir Ricardo Melo, o interino feriu a legitimidade de seu mandato e descumpriu a norma legal sem mesmo entender a complexidade do assunto. Em qualquer lugar do mundo, um governante qualquer que fizesse isso estaria fora do seu cargo (continue a leitura).
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