quinta-feira, 19 de maio de 2016

Temer e sua turma colocam o Brasil na iminência de um confronto civil

Zdzislaw-Beksinski 136: não é propriamente a coisa que é
incompreensível, mas a relação que ela tem com
a realidade. O governo Temer assemelha-se a isto: 

um monstrengo surreal

Estou convencido de que se não houver uma forte oposição das ruas à permanência dessa patota que se instalou no Palácio do Planalto; se as massas não marcharem sobre Brasília numa concentração gigantesca que expresse sua indignação moral contra o que está acontecendo no país, o Brasil será palco de um violento confronto civil, dada a  irracionalidade com que os usurpadores do governo estão agindo.

São várias as evidências nesse sentido. A primeira delas é que falta a Temer qualquer autoridade (pois que ele é modelo de todos os que conspiraram contra Dilma) para impor à facção que lidera qualquer tipo de coerência administrativa e/ou política. Na medida em que os nomes que tem ao redor de si foram escolhidos pelo critério do loteamento partidário que garantiu o prosseguimento do impeachment na Câmara e no Senado, agora é a hora de pagar a fatura e de retribuir o apoio com o que for possível. O caos que reina em Brasília, o sentido aleatório das iniciativas de "ministros" que não têm a menor ideia do alcance de "suas" pastas, o despreparo dos que foram nomeados, tudo isso mostra um estado de anomia política que se revela na desautorização do próprio Temer, um sujeito que ninguém parece levar a sério e que mais parece um boneco do qual todos se esquecem assim que vira as costas. Chegamos a esse ponto.

A segunda evidência é o estado de alienação que as ações tomadas até agora revelam em relação à realidade social do país, não tanto em razão de uma própria ideologia neoliberal que se quer fazer marca e identidade dos que imaginam que a conhecem, mas por ignorância mesmo, desconhecimento do que seja a dinâmica da sociedade brasileira. Os nomes que Temer escolheu até agora como cúmplices das ilegalidades que está cometendo - com exceção do Ministério da Fazenda e do Banco Central, esses sim, já que nomeados pelo capital - são absolutamente estúpidos sobre a coisa  com a qual terão que lidar (continue a leitura). 
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