Se restava alguma dúvida sobre a natureza de um eventual governo de Michel Temer, isso se desfez nem tinham se completado ainda 24 horas de sua posse na interinidade da Presidência da República: os anúncios de violentos cortes de verbas em diversas áreas sociais, a intenção de estender para toda a sociedade o ônus do ajuste fiscal através de uma nova CPMF e a disposição de manter intocados os privilégios dos setores de alta renda.
Ao lado da extinção irracional de ministérios e do claro obscurantismo que orienta a ação de pastas como a da Saúde, das Relações Exteriores, do Trabalho, da Justiça e da Educação, esse rápido início de "governo" deixa claras as motivações do golpe: o Brasil está diante de um governo fascista, de base parlamentar evangélica e empresarial, cuja prioridade é sua rejeição ao social e à diversidade de demandas da população..
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No lugar de um ministério de notáveis, um ministério de notórios... |
Foi em razão dessas primeiras observações que reuni no
twitter um conjunto de postagens nas quais especulo sobre o desafio que a sociedade brasileira tem pela frente: a resistência ao golpe não é política nem parlamentar (diante do estrangulamento e colapso que o neoconservadorismo impôs a essas áreas), mas
moral, isto é, a resistência deve, em minha opinião, manifestar-se pela
rejeição radical da imoralidade pública que atua como elemento ideológico estruturante das iniciativas tomadas por Temer e por sua equipe. Cabe, portanto, o desenvolvimento de um conjunto de ações que se traduzam na
desobediência civil que exiba e isole a indignidade das figuras públicas desse Estado
(continue a leitura)
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