(O que a audiência de Frota tem a ver com o estupro no Rio, M. Magalhães) O momento do pleno significado da crise brasileira: no centro, um dos imbecis da quadrilha de Temer; do lado direito, um outro estúpido que se diz líder do movimento revoltados on line; do lado esquerdo, o testicocéfalo Alexandre Frota, que esteve no MEC para apresentar o seu projeto para a Educação Nacional |
Uma das frases mais marcantes do regime militar foi dita por Delfim Netto, esse mesmo cara que se apressou em levar ao golpista Michel Temer seus conselhos e sua solidariedade há alguns poucos dias. O então homem forte da economia durante a ditadura pontificou que "o Estado é a-ético".
Na época, com a censura imposta à imprensa, era muito difícil questionar as asneiras que os militares e seus prepostos propagavam, mas o aforismo de Delfim praticamente dispensava quaisquer considerações porque vivíamos mesmo uma realidade política em que a Ética, como práxis filosófica, havia deixado de ser um dos componentes do poder. Não era o caso de se dizer que o Estado era anti-ético, mas a-ético, isto é, a moral havia deixado de ser - como certamente proclamaram todos os teóricos do Estado como ente de racionalidade puramente técnico-administrativa - uma variável da lógica da política e da economia. Na sua gestão como ministro da fazenda, Delfim protagonizou o pior período da histórica disparidade da renda no Brasil e o momento mais obscuro da ditadura, que sobrevivia em meio às covardes violações dos direitos humanos, mas essas questões eram menores diante do conceito de um Estado que se põe acima do sentimentalismo que eventualmente atravessa as regras da Moral: uma instituição desprovida de qualquer outra consideração que não seja a sua própria funcionalidade (continue a leitura).
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