terça-feira, 7 de junho de 2016

Agravamento da crise política mostra golpistas dispostos a tudo

Os golpistas estão cravando uma cicatriz profunda na sociedade brasileira:
rancor, ódio, preconceito, discriminação racial e de gênero, aversão ao social e
despudor fascista deram o tom dos grupos que ilegalmente se apossaram do governo
 e do parlamento. É possível que a saída para esse impasse não seja para breve
e nem seja pacífica: nossas elites não têm qualquer pudor em
 destruir tudo à sua volta para se manter no poder.
O grave e profundo desmantelamento institucional que o Brasil está vivendo mostra que os grupos de direita que se articularam na campanha pelo golpe contra a presidente eleita Dilma Rousseff estão dispostos até mesmo a ir às armas para não permitir nem a plenitude democrática nem a implementação de reformas sociais. O objetivo, à semelhança de outros movimentos reacionários que pipocaram na América Latina, é um só: garantir os mecanismos de poder hegemônico que ainda restam nas mãos das elites, o empresariado, o estamento corrompido da representação parlamentar, a classe média conservadora e a mídia. 

O site Outras Palavras acaba de publicar uma excelente análise da conjuntura brasileira feita pelo sociólogo francês Pierre Salama ao longo da qual ele situa com bastante precisão as perspectivas de agravamento da crise, ao mesmo tempo em que visualiza possibilidades de seu esvaziamento - desde que as forças populares empolguem as ruas e derrubem o bunker que se constituiu na interinidade de Temer e em torno dos setores atrasados do Congresso. Vale a pena ler a íntegra do texto aqui.

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