Semana passada o UOL noticiou a criação da Associação de Jornalistas de Educação (JEDUCA) durante a realização do Congresso da Abraji. O espaço onde surge a nova a nova associação já é uma referência por si só, pois a entidade que reúne pesquisadores e produtores do jornalismo investigativo goza de muito respeito na área da imprensa e não abrigaria uma iniciativa dessas sem perceber tratar-se de coisa séria: de fato, se há uma editoria que vive às moscas em praticamente todos os veículos essa é a da Educação. Torço para que a JEDUCA corrija essa lacuna do noticiário e da análise sobre os problemas (enormes) que temos no setor.
Mas é bom ir devagar com o andor: em primeiro lugar, os jornalistas que querem se especializar no setor precisam compreender as estruturas sobre as quais ele está assentado no Brasil de hoje - em especial a filosofia privatista que o orienta e a natureza conservadora e mimética dos projetos pedagógicos em vigor no país, ainda que alguns desses projetos possam aparecer travestidos do "politicamente correto". Em segundo lugar, ao contrário do que diz uma visão funcionalista do ensino, Educação não é avaliação nem qualquer coisa parecida com os rankings marqueteiros que sistematicamente ocupam as discussões na área desde a desastrada gestão de Paulo Renato à frente do MEC. Educação é processo e reside nisso o diferencial de qualidade daquilo que se faz com ela.
Por último - pelo menos por enquanto - a Educação se constrói sobre um profissional bastante peculiar em toda a sua extensão: o professor. Não é o educador, o pedagogo, o monitor, o filósofo, o sociólogo... é o professor. Uma boa pauta para dar a largada nas atividades da JEDUCA seria essa...
Que tal um primeiro seminário organizado juntamente com as entidades dos professores para que os segredos do silenciamento da Educação nas páginas dos jornais comecem a ser desvendados?
Mas é bom ir devagar com o andor: em primeiro lugar, os jornalistas que querem se especializar no setor precisam compreender as estruturas sobre as quais ele está assentado no Brasil de hoje - em especial a filosofia privatista que o orienta e a natureza conservadora e mimética dos projetos pedagógicos em vigor no país, ainda que alguns desses projetos possam aparecer travestidos do "politicamente correto". Em segundo lugar, ao contrário do que diz uma visão funcionalista do ensino, Educação não é avaliação nem qualquer coisa parecida com os rankings marqueteiros que sistematicamente ocupam as discussões na área desde a desastrada gestão de Paulo Renato à frente do MEC. Educação é processo e reside nisso o diferencial de qualidade daquilo que se faz com ela.
Por último - pelo menos por enquanto - a Educação se constrói sobre um profissional bastante peculiar em toda a sua extensão: o professor. Não é o educador, o pedagogo, o monitor, o filósofo, o sociólogo... é o professor. Uma boa pauta para dar a largada nas atividades da JEDUCA seria essa...
Que tal um primeiro seminário organizado juntamente com as entidades dos professores para que os segredos do silenciamento da Educação nas páginas dos jornais comecem a ser desvendados?
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