Os resultados das eleições municipais parecem ter liberado de uma vez as forças conservadoras que andavam ainda represadas à espera da oportunidade para a execução plena de seus projetos políticos. O resultado é essa sensação de um vento que assobia todos os dias na imprensa dando conta de uma tarefa urgente que o neoliberalismo está executando com uma sofreguidão sinistra. No final da linha, vamos ter dificuldade para andar sobre a ruína dos direitos sociais.
A ordem é a da desmontagem do Estado, do Pacaembú ao pré-sal, da Educação à Saúde. O discurso que procura enaltecer as virtudes do que está sendo feito aponta para o potencial de crescimento econômico que a iniciativa privada pode realizar em todos os setores da vida nacional. É um discurso sedutor que se contrapõe à percepção do senso comum para o qual o país precisa se reorganizar em novas bases, dotar o que é público da racionalidade empresarial. A lógica, no entanto, oculta o que há de pior na sua essência: a transferência da riqueza gerada pelo trabalho para a acumulação do capital, o nacional e o internacional; um gigantesco processo de concentração da renda que vai precarizar a vida inteiramente. Sugiro a leitura cuidadosa das matérias abaixo:
* Câmara aprova mudança nas regras do pré-sal (Valor) * Temer, a PEC 241 e a entrega irrestrita ao neoliberalismo (Carta Capital) * As promessas da PEC 241 e o demonste do Estado (CC) * Comissão conclui aprovação da PEC dos gastos (Valor) * Mentiras, verdades e maldades das contas públicas (Piauí) * Para aliados, promessa de Doria de congelar tarifa em 2017 foi precipitada (Folha).
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